Não é para hoje, é para ontem! Vamos virar esse jogo juntos, aperte os cintos, vamos começar.
Imagina que você é uma pessoa apaixonada pelo seu trabalho, que você está exatamente onde gostaria de estar, trabalhando em uma empresa de valores compatíveis com os seus.
Nessa empresa, tem acontecido coisas tão surpreendentes, tão diferentes de tudo que você já viu nesse tempo todo, que parece realmente estar sonhando.
Nessa empresa, “misteriosamente” não existe o medo pairando no ar. Você percebe que seus colegas de trabalho não possuem medo da liderança, não possuem medo de tomar decisões, não possuem medo de falar aquilo que pensam, não possuem medo de retaliação.
Nessa empresa, o modelo hierárquico é horizontal, não tem um chefe magnânimo mandando e desmandando em tudo e em todos e o poder está distribuído entre todos, onde todos se sentem líderes de suas áreas e de seus processos. Você percebe que sua voz é ouvida e suas opiniões são acatadas.
Nessa empresa os relacionamentos são diferenciados, o clima entre as pessoas é leve, os problemas são debatidos com muita maturidade, você não percebe disputa de poder e nem egos enlouquecidos.
Você tem vivenciado nessa empresa uma dinâmica muito diferente de tudo que você já tinha vivido, a rotina de feedback é uma prática muito comum e valorizada. A todo instante você recebe feedback das suas tarefas e com isso sente sua identidade fortalecida.
Nessa empresa, pela primeira vez, você tem vivenciado um contexto de trabalho onde não existe o silêncio. Todos falam, contribuem, reclamam, ajudam, sem competição, sem medo.
Nessa empresa tudo é comemorado e você tem sentido que isso melhora muito a conexão entre as pessoas. São comemoradas as vitórias do dia a dia, times são reconhecidos.
Nessa empresa, você percebeu que existe um alto grau de transparência entre todos os níveis e cargos. As decisões são compartilhadas e os próximos passos acordados entre todos. Você tem percebido que as decisões não descem “guela abaixo”.
Nessa empresa, por ter adotado um modelo hierárquico mais horizontal, você tem observado que as informações fluem bem e não ficam aguardando um líder para tomar a decisão. As pessoas, inclusive você, tomam decisões importantes, com muita coragem, responsabilidade.
Nessa empresa, misteriosamente, as pessoas trabalham com uma carga horária satisfatória, todos possuem vida após o trabalho.
Agora, abra os olhos e veja a sua realidade. Está muito diferente disso?
Então repense o seu presente e o seu futuro do trabalho. Não aceite entrar nas estatísticas de adoecimento pelo trabalho e nem de um profissional frustrado.
Coloque as mãos na massa e transforme o seu futuro e da empresa em que você trabalha, porque no fundo todos querem um trabalho com sentido, confiança, parceria e paixão.
Post escrito por Lilian Assunção
Ops…calma calma, não é dessa ERGONOMIA que veio na sua cabeça agora que quero falar. Aposto que quando você leu ERGONOMIA logo se arrumou na cadeira, achando que eu iria te ensinar a fórmula mágica para sentar corretamente ou sobre os 5 passos para ser feliz no trabalho. Acertei? 🙂
Não quero falar dessa ERGONOMIA restritiva, focada em superficialidades, que só é realizada por obrigatoriedade legal, com o olhar viciado para postura, mesa, computador, que leva do nada ao lugar algum e além disso, gera expectativas dos trabalhadores e perde grandes oportunidades de ser um ponto de vista importante dentro das organizações.
Quero falar da ERGONOMIA que brilha meus olhos, que estuda, que pergunta, que compreende, que colabora, que é respeitada.
Quero falar da ERGONOMIA gigante, da ERGONOMIA DA ATIVIDADE, da ERGONOMIA que possui o foco único e exclusivo de ajudar os indivíduos e o sistema a progredir, a se desenvolver. Da ERGONOMIA que possui a missão de conhecer profundamente o trabalho para transformar, que tem a ambição de desenvolver as organizações, que ajuda a empresa a olhar para a frente, que discute projetos / processos/ pessoas e que contribui para a sustentabilidade do negócio. É sobre essa ERGONOMIA que quero falar.
Estou falando da ERGONOMIA que estuda sistematicamente a atividade, que observa contexto, que analisa a relação indivíduo X coletivo X Organização do trabalho. Estou falando da ERGONOMIA que parte do princípio que o trabalho é central na vida do ser humano, que o trabalhador não é somente um executor de tarefas prescritas e sim um criador de realidades.
Estou falando da ERGONOMIA que trabalha para garantir o direito das pessoas em falar, agir e debater, que todos possam usar sua inteligência e habilidades. Estou falando da ERGONOMIA que ouve todas as pessoas, que valoriza o saber fazer e sabe que o trabalho se constrói através do fazer prático, conhecimento tácito, da mão na massa.
Estou falando da ERGONOMIA que está sentada nas mesas de discussão estratégica, que entende do contexto, que conhece a opinião das pessoas, que sabe exatamente o porque que o cronograma não avança e porque a obra não finaliza. Da ERGONOMIA que sabe a intimidade da realidade, que conhece a história de cada indicador e que luta pela realidade ser valorizada e as pessoas ouvidas.
Estou falando da ERGONOMIA que é curiosa, que não se contenta com pouca informação, que não admite resposta como “não se aplica”. Tudo no trabalhar é relevante, tudo contribui para um diagnóstico consistente.
É sobre essa ERGONOMIA que estou falando. Que é possível, que é real, desde que você queira. Não aceite menos do que isso.
Esse é o Jeito Movas de ser.