O presente do trabalho nos preocupa muito: mentes cansadas e corpos doentes.

Tinha que ser diferente, esse é o nosso pensamento!!!!

Se trabalhar não é só produzir, é também construir a si mesmo, porque tantas pessoas estão se destruindo?

Acreditamos que é porque o foco está no lugar errado. O problema não são as pessoas e sim o sistema que não está sendo olhado!!!

As empresas estão colocando o foco no indivíduo e esquecendo de colocar o foco no sistema. É preciso perguntar: “Que trabalho é esse? Quais condições são dadas? A organização do trabalho proporciona construir saúde ou está degradando o ser humano? ”

Em um momento onde o trabalho está passando por tantas transformações, temos uma massa de pessoas com a mente cansada e o corpo doente. E agora?

Será o colapso?
Será a grande oportunidade de virada? Será o momento de acabar com o modelo de comando e controle? Será a grande hora de pensar num novo modelo auto organizado? Menos hierarquizado?

Boas perguntas hein?

Falar de envelhecimento da população brasileira é uma coisa, falar de envelhecimento da população trabalhadora, dentro dos muros das empresas é outra coisa. Parece a mesma coisa mas não é, igual denorex. :)

Temos visto empresas cuidarem dos temas Envelhecimento, longevidade, etarismo pelo viés do assistencialismo. Tá errado? Bom, errado não tá, mas precisa ser olhado por outro ângulo. O assistencialismo olha a ponta do iceberg e nesse caso precisamos olhar o iceberg inteiro.

Temos visto empresas cuidarem do tema “intergeracionalidade” colocando todo mundo para trabalhar junto. Tá errado? Bom, errado não tá, mas precisa ser olhado por outro ângulo. Trabalhar junto não quer dizer trabalhar coletivamente.

Temos visto empresas cuidarem do tema envelhecimento estimulando o cuidado com os pilares do envelhecimento ativo. Tá errado? Bom, errado não tá, mas dentro dos muros das empresas isso é insuficiente. Se não transformarmos os pilares estruturais das organizações, ter informação é pouco.

Temos visto empresas focarem nos indivíduos. Tá errado? Bom, Errado não tá, mas o foco no indivíduo não resolve problemas que impactam o coletivo.

Bom, a grande questão é, se as empresas querem cuidar do pilar social, querem cumprir a agenda 20/30, querem combater o etarismo, querem fazer bonito quando o assunto é longevidade, então é bom sair do viés assistencialista apenas e partir para transformações profundas no sistema, na organização do trabalho, se não, ficará só para inglês ver.

Esse é um tema que precisa ser bem cuidado para não cair em armadilhas. Ao invés de fazerem inserção, fazer desagregação. Fica a dica.

Por Lilian Assunção- CEO da Movas