Quero começar essa reflexão citando uma frase que gosto muito: “A superficialidade do olhar não dá conta da complexidade do trabalho”.
O que essa frase quer dizer, na nossa opinião é que quem se dedica a estudar o trabalhar humano precisa ter muito repertório para dar conta da complexidade e da imensa quantidade de imprevisibilidades que o real insiste em se impor ao prescrito.
Fazer ERGONOMIA não é apenas analisar posto de trabalho, não é apenas analisar ferramenta, não é dizer o que o outro deve ou não fazer, não é dizer a postura “correta” para se manusear uma carga, não é sair procurando risco como se ali, no protagonismo da ação, não existissem pessoas que pensam e sentem. Lembrando que trabalhar não é apenas produzir, é também produzir a si mesmo.
Continuando o raciocínio, para fazer Ergonomia não basta ter um olhar superficial, restrito a modelos milagrosos e pré-formatados, com pouca bagagem vivencial, baseada na visão do especialista, pois sinto te dizer que isso vai levar do nada ao lugar algum e gerar um bocado de frustrações.
Estudar o trabalhar das pessoas não é apenas analisar o fruto desse trabalho (aquilo que é visível, palpável), não é apenas analisar os gestos e a posturas adotadas pelos trabalhadores, não é apenas dizermos o jeito melhor para as pessoas fazerem isso ou aquilo e muito menos a postura que elas devem adotar.
Discutir o trabalho precisa de um repertório!!!!! Discutir o trabalho precisa de respaldo técnico, precisa ser um ponto de vista que some, que mostre uma nova visão de mundo.
É preciso saber tornar o invisível visível. É preciso tirar a invisibilidade das pessoas. É preciso ter coragem para escutar. É preciso ter coragem de coconstruir. É preciso ter coragem de não ter resposta para tudo.
Esse é o Jeito Movas de ser: Muita história para contar.
Por Lilian Assunção – CEO da Movas
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