Os melindres do mundo corporativo

É tudo muito melindroso e dual, como muitos aspectos da vida. Questionar o sistema requer pisar em ovos, de pantufa.

Se todos dão conta, eu preciso dar também.

Se todos trabalham até de madrugada, eu preciso trabalhar também.

Se todos estão praticando o silêncio, eu preciso praticar também.

Se ninguém questiona os líderes, eu também não vou questionar.

Se todos estão acomodados no comando e controle, eu também ficarei.

Se todos estão infelizes no trabalho em silêncio, eu também ficarei.

Se praticar o bem estar no trabalho for as custas da saúde mental, que seja, isso é normal.

E assim segue o baile. As organizações acham que está bom e as pessoas fingem que realmente está.

Os indicadores não explicam, só indicam e as métricas vão cegando as lideranças.

E a alta performance fica como? A que custo?

Se a organização do trabalho não mudar, as pessoas não mudarão.

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