É possível fazer uma transformação organizacional?

Muitas pessoas nos perguntam: ” Como começar uma transformação organizacional, será que dá mesmo?”.

Nossa resposta é sempre um sonoro SIM!!! Dá sim, mas tem um porém!!!

Dá sim, mas tem que começar colocando o foco no lugar certo, é preciso criar uma nova chave de leitura, é preciso reprogramar nossas crenças.

Para uma grande transformação organizacional acontecer, não basta romantizar e colocar o foco no indivíduo. É preciso coragem para “mexer em vespeiros”, é preciso começar focando no contexto organizacional, olhando com lupa o que dá certo e o que não dá tão certo assim.

Ah, não sabe como fazer isso?
Te falamos já!!!

Só tem um jeito de conhecer o contexto organizacional, que é ouvindo o que todas as pessoas tem pra dizer, é conhecendo a relação das pessoas com o trabalho, é conhecendo as estratégias que as pessoas usam para fazer o que tem que ser feito, simples assim.

A escuta técnica, aliada a vontade de transformar e o desenvolvimento de maestria é capaz de fazer milagres.

Comece agora. Se aproxime do outro vazio de si. Não escute o outro cheio das suas verdades.

Precisamos ir além das teorias, para além do que dizem estudos de caso. Precisamos começar a contar nossas histórias.

Depois conta se deu certo.

Esse é o Jeito Movas de ser.

Por: Lilian Assunção – CEO Movas

O FATO DE EXISTIREM RECURSOS INTERNOS (CAPACIDADES E HABILIDADES INDIVIDUAIS) NÃO É SUFICIENTE!!!

O FATO DE EXISTIREM RECURSOS INTERNOS (CAPACIDADES E HABILIDADES INDIVIDUAIS) NÃO É SUFICIENTE!!!

Tenho visto nas minhas andanças por empresas de todo o Brasil, o foco excessivo em fatores individuais, em soluções milagrosas centradas no indivíduo, em responsabilizações perigosas nas pessoas, como grandes salvadoras da pátria. Se der certo, foi mérito da pessoa, mas se der errado (Jesus amado) é culpa dela.

Será que adquirir novas habilidades é suficiente se não desenvolvermos um contexto organizacional favorável?

Será que as pessoas estão conseguindo utilizar suas skills nesse ambiente corporativo insano e muitas vezes desumano?

Será que ideias assistencialistas, focada no desenvolvimento de pessoas, sem pensar no sistema complexo resolve alguma coisa?

Será que o ambiente organizacional está permitindo que as pessoas convertam seus recursos individuais em realizações concretas?

Será que pensarmos na jornada do colaborador sem pensar no desenvolvimento do sistema resolve alguma coisa?

Será que continuarmos a focar excessivamente em desenvolvimento de líderes é o caminho? ou estamos fomentando a volta ao passado de Taylor?

Não tenho respostas concretas para todas essas perguntas, mas tenho bons indícios que o mundo corporativo não está sabendo aprofundar as camadas para encontrar as respostas.

Uma coisa é fato, se não investimos tempo para criarmos ambientes capacitantes, não estaremos contribuindo para o desenvolvimento do sistema e muito menos das pessoas.

Esse é o Jeito Movas de Ser.

Por Lilian Assunção- CEO da Movas

Complexo X Complicado

Cá entre nós… estudar o trabalho é muito mais complexo e exige um olhar muito diferenciado para compreendê-lo!! E cá entre nós novamente, não será com ações simplistas e mitigatórias que cuidaremos do nosso sistema e muito menos dos trabalhadores.

Verdade seja dita, o mundo do trabalho atual está a beira de um colapso e precisamos parar para refletir sobre o que construimos e como queremos seguir daqui para a frente. Mas… sem trazer métodos supersônicos, palavras estrangeiras, ferramentas complicadas. Precisamos de cabeças pensantes, precisamos unir forças, de pessoas corajosas para ajudar a dar uma guinada de 180 graus.

Precisamos nos desvencilhar de algumas questões históricas do mundo do trabalho, que vai sendo repetido, sem resultado e precisamos quebrar com alguns paradigmas.

Será que o modelo comando e controle, hierárquico, centrado no líder, segregado ainda funciona? Será que não podemos começar a nossa reflexão por aqui?

Será que continuar a cultura a figura milagrosa do líder irá desenvolver o sistema? (ou irá matar esses líderes?)

Será que continuar a fomentar a organização fortemente hierárquica, onde o que é valorizado é o cargo, a função que a pessoa exerce, irá desenvolver o sistema? (ou irá cada vez mais fortalecer o crachá e destruir as maestrias?)

Será que continuar a olhar para os sintomas, para as consequências, para as questões que estão na superficialidade organizacional irá desenvolver o sistema?

Será que correr atrás da das doenças, dos indicadores de absenteísmo garantirão a prevenção? ou irá nos deixar cada vez mais míopes quanto aos indutores dos problemas?

Será que manter a cultura dos métodos que buscam a individualização, a competitividade, a avaliação individual de performance, irá desenvolver o sistema? ou irá cada vez mais nos distanciar da solidariedade e da cooperação?

Bom, para conseguirmos viver e nos desenvolver em um mundo do trabalho complexo, não precisamos de métodos complicados, de ferramentas extraordinárias, precisamos parar para olhar o sistema que estamos vivendo, a empresa que estamos construindo e como isso tudo tá funcionando. Precisamos envolver o máximo possível de pessoas dando as suas opiniões, mostrando o seu ponto de vista e somente assim começaremos a questionar o status quo.

Precisamos reunir pessoas com vontade de questionar o modelo atual, de questionar velhos paradigmas, de conquistar bons patrocinadores para essa idéia genial, de preparar as organizações para a complexidade!!

Se não hoje, quando?

Por Lilian Assunção- CEO da Movas

Envelhecimento, longevidade, organizações, precisamos falar disso. Precisamos falar disso tudo junto e não separado.

Falar desse tema é mais do que necessário, ele precisa estar na boca de todos e nas decisões da alta direção das empresas. A população trabalhadora está envelhecendo e sua empresa está aprendendo com esse processo natural, inexorável e intransferível? Ou ainda está recheada de preconceitos e crenças?

A questão da Longevidade nas organizações pode ser encarada de duas maneiras, que podem ser sinérgicas ou excludentes, depende da visão da organização.

A visão assistencialista é uma das visões, que colocam toda (mas toda mesmo) a responsabilidade nos ombros dos indivíduos, dando a eles a responsabilidade de envelhecerem saudáveis,  pois cada um cuida da sua saúde. Nesse modelo, se o indivíduo adoecer, ele que não seguiu a “receita do sucesso” corretamente.

A outra visão é a centrada na longevidade e cá entre nós, é a que mais acredito, pois é uma responsabilidade compartilhada, onde todos precisam fazer a sua parte. O indivíduo se responsabiliza por cuidar de si da melhor maneira possível, garantindo um envelhecimento saudável e longe das doenças crônicas e as empresas se responsabilizam por cuidar do contexto e da organização do trabalho para que o trabalho seja realmente para todos e não somente para alguns.

O tema envelhecimento da população trabalhadora precisa estar nas estratégias das organizações, precisa estar na boca de todos, precisa estar nas estratégias de gestão do conhecimento.

Será que dá para cuidarmos desse assunto com mais naturalidade, com uma perspectiva mais positiva, otimista e cheia de possibilidades?

Muitas empresas estão tratando esse tema como um tema de inclusão, mas te garanto que dá para tratar esse tema com carinho e muita estratégia. Estratégia de negócio!!

Mas o grande obstáculo para isso tudo ainda é a forma como as pessoas e as organizações compreendem, ou melhor, não compreendem o envelhecimento como um processo orgânico e não valorizam a bagagem e o saber-fazer dos indivíduos.

Precisamos aprender a fazer novas perguntas. O papel da MOVAS é provocar as organizações a repensarem os conceitos pré concebidos e principalmente, colocar o nosso olhar sobre o SISTEMA e não somente sobre as pessoas. O trabalho SERÁ PARA TODOS somente se o sistema permitir.

Por Lilian Assunção- CEO da Movas

Precisamos quebrar velhos paradigmas.

No meio do caos que vivem as organizações, como pedir para os empregados serem criativos? Como pedir para que desenvolvam ideias novas?

No meio do turbilhão de demandas e prazos curtos, como pedir para serem produtivos e felizes? Tá todo mundo numa correria tão grande que as pessoas estão sem tempo para olharem o que estão fazendo e porque estão fazendo.

Em meio a uma organização do trabalho adoecedora, é uma crueldade pedir para as pessoas serem resilientes. É transferir para as costas das pessoas uma imensa responsabilidade que não é delas.

Não são as pessoas que precisam ser resilientes e sim a organização precisa ser aprendente!!!!! Acredito ter uma grande inversão de papéis nessa história toda.

Organizações pedindo agilidade e resiliência das pessoas, mas ela própria é lenta e burocrática. Uai… essa conta não fecha.

O mundo corporativo precisa de um banho de lojas.

É bacana montar um serviço de apoio emergencial a saúde emocional? Sim, claro que tem o seu valor e salva vidas.

Mas será que resolverá os problemas no médio prazo? será que garante sentido para as pessoas? será que garante engajamento? Será que a resposta não está na elaboração de novas perguntas?

Acreditamos que a resposta para isso tudo está em um lugar!! No desenvolvimento do contexto de trabalho, do aprimoramento da organização do trabalho, em um ambiente em que todos possam trabalhar e não somente os mais “fortes” e resilientes…

E aí, já parou para fazer um autoconhecimento da sua organização? Te convidamos a olhar para dentro, assim como a terapia faz com a pessoa física. Analise as incoerências, escute as pessoas, faça perguntas mais profundas.

Por Lilian Assunção – CEO da Movas

Coerência, esse é o grande segredo!

O que todas as empresas buscam é a COERÊNCIA. Mas quão profundo é essa tal COERÊNCIA na prática do dia a dia, meu Deus!!!!

E na nossa prática do estudo aprofundado das atividades e da forma como as empresas funcionam, fica muito nítido o quando é abismal esse assunto.

E para começarmos a colocar uma pulguinha atrás da orelha, veja essas perguntas…

Toda a preocupação com segurança, elaboração de mil procedimentos está aproximando as pessoas do trabalho real? conhecendo o que as pessoas fazem e porque fazem?

O que a empresa fala pra fora, para os stakeholders é coerente com o que ela fala para dentro?

O que a empresa de declara em suas políticas é praticado no dia a dia?

O que a empresa diz se preocupar com a saúde mental dos seus empregados, é praticado na transformação da organização do trabalho ou somente na criação de palestras e programas “milagrosos”?

Tá aí a grande questão. Tá aí a causa de muitos problemas, a incoerência.

A incoerência desagrega, desengaja, adoece, provoca acidentes, mina a criatividade, quebra a confiança …. quer dizer, é mais complexo do que muitos imaginam.

Precisamos começar um movimento contra as incoerências do mundo corporativo. Topa esse movimento?

Vamos refletir o quanto as práticas diárias da organização estão favorecendo a saúde, o desenvolvimento, a segurança, a produtividade. E como saber isso? Perguntando para as pessoas, não tem outro jeito!!!!!

Por Lilian Assunção- CEO da Movas

Será que as organizações estão mesmo cuidando da SAÚDE MENTAL de seus times?

Será que as organizações estão mesmo cuidando da SAÚDE MENTAL de seus times?

Lendo e vendo tantas iniciativas de tantas empresas (não tenho dúvidas que são bem intencionadas), fico em dúvida se os conceitos estão sendo bem entendidos, se as abordagens estão sendo mesmo corretas, pois se a lente para enxergar essa questão estiver incorreta, as abordagens não atingirão o seu objetivo.

A grande questão a ser investigada é “QUAIS CONDIÇÕES ESTÃO SENDO DADAS” para os empregados desenvolverem seu trabalho? Qual o sentido que esse trabalho tem para essas pessoas? Quais novas perguntas podem ser feitas para encontrarmos a causa raiz dos problemas, que não são tratados através de medidas paliativas e superficiais?

Precisamos urgentemente ampliar esse olhar, aprofundar as camadas, melhorar a nossa compreensão acerca das questões do trabalho, compreender melhor a relação das pessoas com o seu trabalho. para que possamos compreender as profundezas da SAÚDE MENTAL E TRABALHO. Está nesse lugar as chaves que irão construir um ambiente saudável e favorável para a saúde mental das pessoas.

Não é sobre as pessoas e sim sobre quais condições são dessas!!!

Por Lilian Assunção- CEO da Movas

 

Sobre a relação da saúde mental com o trabalho: não coloque o foco no indivíduo.

Temos percebido um aumento significativo do número de empresas que olham a saúde mental apenas pelo âmbito do indivíduo. Quando colocamos o foco no indivíduo é uma crueldade, pois “se o fulano não deu conta, troca”!

Mas quando estamos falando da relação da saúde mental com o trabalho, temos que tirar o foco do indivíduo e colocar o foco na organização. Quais condições são dadas para o trabalho ser realizado?

É preciso mudar o foco, mudar as perguntas, fugir das medidas mitigatórias e simplistas.

Medidas paliativas de bem estar, indicadores reativos, foco no indivíduo, são ações que enxergam o “desfecho do filme”, causando grandes enganos organizacionais.

Quando olhamos para o indivíduo estamos olhando para as consequências, estamos olhando para os sintomas, para o desfecho.

Quando olhamos para a organização do trabalho, estamos buscando explicações, conhecendo como as coisas se dão, olhando o filme em sua totalidade, conhecendo os indutores.

Quer cuidar da relação da saúde mental e trabalho? Então faça um bom exercício de autoconhecimento da organização.

Por Lilian Assunção- CEO da Movas

O presente do trabalho nos preocupa muito: mentes cansadas e corpos doentes.

Tinha que ser diferente, esse é o nosso pensamento!!!!

Se trabalhar não é só produzir, é também construir a si mesmo, porque tantas pessoas estão se destruindo?

Acreditamos que é porque o foco está no lugar errado. O problema não são as pessoas e sim o sistema que não está sendo olhado!!!

As empresas estão colocando o foco no indivíduo e esquecendo de colocar o foco no sistema. É preciso perguntar: “Que trabalho é esse? Quais condições são dadas? A organização do trabalho proporciona construir saúde ou está degradando o ser humano? ”

Em um momento onde o trabalho está passando por tantas transformações, temos uma massa de pessoas com a mente cansada e o corpo doente. E agora?

Será o colapso?
Será a grande oportunidade de virada? Será o momento de acabar com o modelo de comando e controle? Será a grande hora de pensar num novo modelo auto organizado? Menos hierarquizado?

Boas perguntas hein?

Falar de envelhecimento da população brasileira é uma coisa, falar de envelhecimento da população trabalhadora, dentro dos muros das empresas é outra coisa. Parece a mesma coisa mas não é, igual denorex. :)

Temos visto empresas cuidarem dos temas Envelhecimento, longevidade, etarismo pelo viés do assistencialismo. Tá errado? Bom, errado não tá, mas precisa ser olhado por outro ângulo. O assistencialismo olha a ponta do iceberg e nesse caso precisamos olhar o iceberg inteiro.

Temos visto empresas cuidarem do tema “intergeracionalidade” colocando todo mundo para trabalhar junto. Tá errado? Bom, errado não tá, mas precisa ser olhado por outro ângulo. Trabalhar junto não quer dizer trabalhar coletivamente.

Temos visto empresas cuidarem do tema envelhecimento estimulando o cuidado com os pilares do envelhecimento ativo. Tá errado? Bom, errado não tá, mas dentro dos muros das empresas isso é insuficiente. Se não transformarmos os pilares estruturais das organizações, ter informação é pouco.

Temos visto empresas focarem nos indivíduos. Tá errado? Bom, Errado não tá, mas o foco no indivíduo não resolve problemas que impactam o coletivo.

Bom, a grande questão é, se as empresas querem cuidar do pilar social, querem cumprir a agenda 20/30, querem combater o etarismo, querem fazer bonito quando o assunto é longevidade, então é bom sair do viés assistencialista apenas e partir para transformações profundas no sistema, na organização do trabalho, se não, ficará só para inglês ver.

Esse é um tema que precisa ser bem cuidado para não cair em armadilhas. Ao invés de fazerem inserção, fazer desagregação. Fica a dica.

Por Lilian Assunção- CEO da Movas