Falar de envelhecimento da população brasileira é uma coisa, falar de envelhecimento da população trabalhadora, dentro dos muros das empresas é outra coisa. Parece a mesma coisa mas não é, igual denorex. :)

Temos visto empresas cuidarem dos temas Envelhecimento, longevidade, etarismo pelo viés do assistencialismo. Tá errado? Bom, errado não tá, mas precisa ser olhado por outro ângulo. O assistencialismo olha a ponta do iceberg e nesse caso precisamos olhar o iceberg inteiro.

Temos visto empresas cuidarem do tema “intergeracionalidade” colocando todo mundo para trabalhar junto. Tá errado? Bom, errado não tá, mas precisa ser olhado por outro ângulo. Trabalhar junto não quer dizer trabalhar coletivamente.

Temos visto empresas cuidarem do tema envelhecimento estimulando o cuidado com os pilares do envelhecimento ativo. Tá errado? Bom, errado não tá, mas dentro dos muros das empresas isso é insuficiente. Se não transformarmos os pilares estruturais das organizações, ter informação é pouco.

Temos visto empresas focarem nos indivíduos. Tá errado? Bom, Errado não tá, mas o foco no indivíduo não resolve problemas que impactam o coletivo.

Bom, a grande questão é, se as empresas querem cuidar do pilar social, querem cumprir a agenda 20/30, querem combater o etarismo, querem fazer bonito quando o assunto é longevidade, então é bom sair do viés assistencialista apenas e partir para transformações profundas no sistema, na organização do trabalho, se não, ficará só para inglês ver.

Esse é um tema que precisa ser bem cuidado para não cair em armadilhas. Ao invés de fazerem inserção, fazer desagregação. Fica a dica.

Por Lilian Assunção- CEO da Movas

Será que é mesmo tudo responsabilidade dos LÍDERES?

Será que é mesmo tudo responsabilidade dos LÍDERES?

Enquanto a gestão for focada nas PESSOAS, sim, a responsabilidade será dos líderes. E quando a gestão for focada no TRABALHO, a responsabilidade será de todos.

Se dermos uma busca no google sobre a temática “liderança”, verá o quanto de holofote tem sido colocado sobre esses seres humanos, o quanto de peso sobre os ombros tem sido colocado e quanto mais isso acontece, mais solitários os lideres ficam e mais distantes eles estão dos trabalhadores reais e do trabalho real.

É uma grande crueldade empoderar os líderes, treina-los, capacita-los, endeusa-los e tão pouco ser feito na direção da transformação do trabalho real, da organização do trabalho. É como pedir para eles fazerem o impossível.

Acreditamos verdadeiramente que foi dado uma responsabilidade sobre-humana para os líderes, sem se lembrarem que a organização do trabalho é um sistema bruto, forte demais, que sobrepõe as forças humanas dos líderes. Enquanto a transformação for direcionada para as pessoas, só fomentaremos o aumento dos adoecimentos mentais e suicídios e quanto mais transformarmos as condições dadas para o trabalho ser realizado, mais sentido e saúde promoveremos.

Será que é mesmo tudo responsabilidade dos LÍDERES?

As estatísticas tenebrosas que dizem sobre o termômetro da saúde mental no Brasil nos confirmam o que os autores já falavam: “O adoecimento mental não escolhe hierarquia”. É isso mesmo, adoecimento mental não é para alguns, está aí para todos, para todos que transbordam, que não dão conta de ressignificar o sofrimento.

O que disso tudo não estamos vendo então?

– Que líderes são seres humanos, trabalhadores, que sentem, sentem medo, sofrem, pensam, sentem prazer, querem ajuda.
– Que líderes não possuem a chave secreta do sistema bruto produtivo e capitalista nas mãos.
– Que diante de um mesmo fator “patogênico” as reações são sempre individuais, por isso vemos tantos lideres adoecendo, surtando, suicidando.
– Que os líderes são seres solitários.

Será que é mesmo tudo responsabilidade dos LÍDERES?

E onde está o papel dos times nessa construção de uma liderança compartilhada, colaborativa, menos sofrida?

Onde está o time que domina o saber-fazer e tem por obrigação social e moral apoiar os líderes na liderança?

Onde está o time que pode dividir responsabilidade, compartilhar do sofrimento e ajudar os líderes a ressignificar esse sofrimento e transformar em prazer?

Se queremos construir organizações saudáveis e sustentáveis, precisamos nos organizar para sermos colaborativos, integrativos, horizontalizados.

Não podemos mais conceber organizações onde alguns pensam e outros executam. Precisamos construir a cooperação e a cooperação está no trabalho real e não no prescrito. A cooperação é fruto de uma condição favorável de trabalho somada ao engajamento.

Será que é mesmo tudo responsabilidade dos LÍDERES?

A resposta é clara. A responsabilidade é compartilhada, Líderes e time, time e líderes.

Por Lilian Assunção – CEO da Movas

As incompatibilidades do mundo moderno: Fazer bem feito X fazer bem rápido.

As incompatibilidades do mundo moderno: Fazer bem feito X fazer bem rápido.

Será que tem que ser assim mesmo? O mundo corporativo entrou em um modo acelerado tão intenso, tão crazy, que as pessoas não estão querendo mais pertencer.

Quem disse que tem que ser assim, onde está escrito?

Gente, olha só essa notícia que saiu na CNN com o título Estresse social envelhece o sistema imunológico de maneira precoce. Trazemos só um trechinho do artigo, depois vocês correm lá para ler na íntegra, olha o que diz: “Estresse social, como discriminação e problemas familiares, juntamente com problemas de trabalho e financeiros, podem contribuir para o envelhecimento prematuro do sistema imunológico, segundo um estudo recente. O que representa um golpe duplo, pois o sistema imunológico já se deteriora com a idade.”

O Brasil está no top five dos países mais adoecedores mentalmente, e olha, esse ranking não é de dar orgulho a ninguém. E o que mais nos preocupa é que tantos estudos apontam para um futuro nada promissor, tantas empresas já discutindo alguns temas relevantes, mas ainda não estamos vendo nada de concreto, poucos botando a mão na massa de verdade, apontando para o alvo correto.

Cada dia mais, pessoas e mais pessoas entram para a estatística das pessoas que perderam o equilíbrio (físico, mental e / ou social). Mas calma aí, tem algumas coisas que não deixam essa “conta fechar”. Não ouvimos a vida inteira (temos a certeza que você já ouviu também) que o trabalho dignifica o homem? E corroborando com essa crença positiva, temos inúmeros estudos dos cientistas do trabalho que afirma que “trabalhar não é apenas produzir. Trabalhar é também construir a si mesmo”.

Afirmam também que trabalhar é o que tem de mais nobre nessa vida, pois é a grande oportunidade do ser humano se desenvolver e se realizar. Trabalhar é utilizar de todos os seus saberes, de toda sua criatividade, de toda a sua bagagem para se desenvolver como ser humano. Trabalhar é uma ação, é uma atividade transformadora, pelo menos é o que se espera do trabalhado edificante. Se o trabalhar causar sofrimento que seja para impulsionar oportunidades para se desenvolver. Trabalhar é encher a vida de sentido.

Uai.. então tem alguma coisa errada nessa história. Se o trabalho é central na vida do ser humano, por que tantas pessoas não conseguem mais se conectar com ele? A ponto de permanecerem no estresse adoecedor? Tem alguma coisa nesse funcionamento do trabalho contemporâneo que não está legal.

Veja se você reconhece essas afirmações em sua realidade do trabalho:• Números acima do fazer.

• Quantidade em prol da qualidade.

• Medir, medir e medir.

• Quantificar, quantificar e quantificar.

• Faça bem feito e em um menor tempo.

Essa são ou não são as métricas do mundo corporativo global? Será mesmo que o único mecanismo de gestão é o quantitativo? Será mesmo que para gerir eu preciso enxergar apenas os números? Mensurar para controlar, essa é a moral da história.

O mundo corporativo precisa de um “banho de loja”, precisa urgentemente revisitar algumas práticas, revisitar seus modos operandi, que já não estão mais adequados para os tempos de hoje e não estão mais promovendo um ambiente saudável e sustentável.

O mundo mudou, as pessoas mudaram e o mundo do trabalho insiste em permanecer no século passado. As organizações precisam urgentemente recuperar a capacidade das pessoas em sonhar com um futuro melhor e mais promissor, onde as pessoas queiram estar enquanto fizer sentido para elas. As pessoas precisam acreditar num mundo corporativo onde em paralelo com todos os avanços de gestão, avanços do mundo tecnológico, avanços na robótica, avancem também no despertar de uma nova consciência com um olhar para o trabalhador que está em constante mudança, em transformação e que também envelhece, mas nem por isto perde sua capacidade criativa e produtiva.

É preciso compreender que todos nós já estamos em processo de envelhecimento e para construir uma longevidade saudável é preciso cuidar das pessoas, das relações e dos ambientes em vivemos inclusive do ambiente de trabalho.

Longevidade é coisa séria.

Precisamos construir/acreditar em um mundo corporativo onde se existirá um terreno totalmente fértil para que todas as idades possam trabalhar juntas, com uma belíssima roda de troca de saberes, onde a prosperidade possa ser compartilhada.

Um mundo do trabalho com todos e para todos!

Escrito por Lilian Assunção e Renata Seabra.

Artigo na integra: https://www-cnnbrasil-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/www.cnnbrasil.com.br/saude/estresse-social-envelhece-sistema-imunologico-de-maneira-precoce-diz-estudo/?amp

Vamos Ergonomizar o planeta!

Todos nós valorizamos a originalidade, mas num mundo globalizado e conectado, é quase impossível ser 100% original. Alguém sempre chega antes e batiza o rebento. Assim foi com a palavra/verbo ERGONOMIZAR citada no título do texto.

Busca simples na rede nos remeteu à Revista Brasileira de Ergonomia, onde consta um artigo com o seguinte título: “Ergonomizar nossas ações: um estudo de caso sobre o processo de ergonomia daTodos nós valorizamos a originalidade, mas num mundo globalizado e conectado, é quase impossível ser 100% original. Alguém sempre chega antes e batiza o rebento. Assim foi com a palavra/verbo ERGONOMIZAR citada no título do texto. Busca simples na rede nos remeteu à Revista Brasileira de Ergonomia, onde consta um artigo com o seguinte título: “Ergonomizar nossas ações: um estudo de caso sobre o processo de ergonomia da Braskem”. E assim naufragou a nossa ideia original, com a melhor das intenções.    Braskem”. E assim naufragou a nossa ideia original, com a melhor das intenções.   

 Frustração à parte, vamos ao que interessa nesse artigo: a necessidade de estabelecermos uma relação mais coerente entre o colaborador e a empresa. E isso não se restringe aos equipamentos que ele utiliza para desempenhar suas funções, mas inclui todo espaço (físico e mental) que cerca o ambiente de trabalho, composto de estruturas físicas e seres humanos, que interagem entre si com frequência e intensidade distintas.

Como gostamos de estabelecer novos paradigmas, comecemos então por propor um novo paradigma na mente de vocês: “A superficialidade do olhar não dá conta da complexidade do trabalho”.

Se Ergonomia é o estudo do trabalho, como fazer Ergonomia se não compreendermos profundamente qual é o trabalho?

Não podemos nos esquecer que trabalhar não é somente produzir, é construir a si mesmo. Trabalhar é utilizar todos os saberes, toda criatividade, toda bagagem para se desenvolver como ser humano. Trabalhar é sofrer, mas é também transformar o trabalho em prazer. Trabalhar é sentido à vida.

 Entendida a grandeza do sentido do trabalho para o ser humano, precisamos ampliar o olhar, enxerga-lo com novas lentes, compreender para além do que é visto a olho nu.

Fazer Ergonomia não é apenas analisar postos de trabalho e ferramentas, não é dizer o que o outro deve ou não fazer, não é definir a postura ‘correta’ para se manusear uma carga, não é sair procurando risco como se ali, no protagonismo da ação, existissem pessoas desprovidas de sentimento. É sempre bom lembrar que trabalhar não é simplesmente produzir, é também produzir a si mesmo.

Para fazer Ergonomia não basta um olhar superficial, restrito a modelos milagrosos e pré-formatados, sem bagagem vivencial e baseada apenas na visão do especialista. Sentimos afirmar que isso vai levar do nada ao lugar algum e gerar muita frustração.

 É preciso tornar o invisível visível. É preciso dar visibilidade às pessoas. É preciso ter coragem e respeito para escutar, co-construir. É preciso entender que não há resposta pronta para tudo.

 P.S do Ricardo

Uau! O conceito de Ergonomia é bem mais amplo mesmo! Partindo dessa constatação, inseri uma provocação na conversa com minhas parceiras de artigo: já que …(lá vem ele com mais uma frase feita!) Ergonomia deve ser entendida como um conceito amplificado, é factível estender esta premissa para o espaço além da empresa, que engloba territórios e o próprio planeta? Ou seja: se Ergonomia é propiciar um ambiente de convivência mais humanizado nas organizações, o mesmo não aplica à nossa relação com o espaço urbano e os recursos naturais que nos cercam? Ou seria uma provocação descartável, ‘já que’ existem conceitos tradicionais validados com o mesmo propósito, entre eles “sustentabilidade”?

 P.S. da Lilian e da Renata:


Sem dúvida, há muita sinergia entre a provocação do Ricardo e a palavra sustentabilidade. Sem consultar o dicionário pode-se dizer que significam a mesma coisa. Em tempos de ESG e ODS, é mandatório incluir estas premissas no universo corporativo, pois entendemos que uma organização sustentável é aquela que identifica e age sobre fatores que estão no campo do invisível, do intangível, do subjetivo. As empresas tem dificuldade para compreender aquilo que “não é mensurável”, confere?

Para tanto, é fundamental questionar alguns paradigmas tradicionais do mundo capitalista:

  1. Números acima do fazer?
  2. Priorizar a quantidade em prol da qualidade?
  3. Medir, medir e medir?
  4. Quantificar, quantificar e quantificar?
  5. Reduzir, reduzir e reduzir?

 Vejam só, se a métrica capitalista é enxergar tudo através de números, como processar os fatores intangíveis, aqueles que de fato representam a sustentabilidade do negócio?


Será possível medir a confiança, o engajamento, a coerência e a reputação? Para quem só vê números pela frente, temos uma péssima notícias: “vocês estão em maus lençóis”. 


É possível quantificar a solidariedade e a cooperação nas organizações? E o sentido do trabalho para cada trabalhador, é mensurável? E o DNA da organização, aquilo que impacta diretamente nos significados dados, dá para medir? Tem como quantificar o impacto da organização do trabalho na vida das pessoas?

 Reputação é coerência. Ter coerência extrapola as fronteiras internas e externas da empresa. Por trás dessa frase, que você leu rapidamente neste artigo, está a chave de um grande segredo.

 Quer saber como anda sua empresa? Pergunte, ouça com atenção, se interesse, fuja das pesquisas prontas e formatadas. Entenda que cada empresa é única e por trás de cada resposta tem uma história viva.

 Vá além dos números, não estrangule os indicadores, não gerencie apenas por eles, que só indicam, mas não explicam.

 Sustentabilidade é desenvolver um ambiente de trabalho onde todos podem se desenvolver e ser felizes. O resto é lucro.

O que queremos dizer com essa reflexão? Queremos afirmar (uau, que certeza hein?) que o segredo da verdadeira sustentabilidade, aquela que está por trás do status, do selo verde, do laço de fita colorido, do selo de melhor empresa para se trabalhar, está na compreensão e na valorização dos fatores intangíveis, que facilmente podem se transformar em vantagem competitiva, em lucro, em market-share, em redução do turnover ou mesmo de acidentes de trabalho. 


Ah, tomem nota: os fatores intangíveis, diferentes dos fatores naturais, são renováveis.

 P.S.2 do Ricardo:

Bem amigos – parafraseando o amado e odiado Galvão Bueno – considerando as afirmações da Lilian e da Renata ouso concluir que o conceito de Ergonomia amplificado pode sim ser aplicado ao planeta. Se será travestido de Sustentabilidade ou não é indiferente. Fato é que ao repensar a relação entre as organizações e as pessoas, em qualquer dimensão, estaremos dando uma enorme contribuição para o futuro.

#Tamojunto!  

Por Ricardo Mucci, Lilian Assunção e Renata Seabra

O mundo corporativo e seus paradoxos….

Muitas organizações pensam em se desenvolver, mas não se preocupam em conhecer o que está no campo do invisível, do indizível.

Pensam em desenvolver ações para as pessoas, mas não as conhecem profundamente.

Criam benefícios sem nem saber o que as pessoas pensam e querem.

Se propõe a conhecer os riscos sem ao menos conhecer as atividades realizadas pelas pessoas.

Querem resolver a questão do absenteísmo mas só querem olhar para o “desfecho da história”, para o os indicadores que só indicam, mas não explicam.

Querem tratar do desengajamento dos empregados, mas não se interessam em conhecer o que desengaja.

Criam regra da regra da regra achando que empresa segura é aquela que bate recorde de regras.

Pensam que tratando o efeito se tratará a causa. Triste engano.

Existe muito a ser feito e repensar esse modo operatório é o primeiro passo.

Precisamos de novos conceitos para seguirmos em frente. Vamos juntos?

Muita história para contar: Esse é o Jeito Movas de Ser.

#ErgonomiaDaAtividade   #PsicodinâmicaDoTrabalho   #Longevidade

Por Lilian Assunção- CEO da Movas

Longevidade de carreira ou Carreira & Longevidade?

Sabe que quando pensamos no conceito de carreira e no conceito de longevidade, ficamos pensando como esses dois conceitos juntos e misturados irão funcionar! Hoje estamos vivendo a Revolução da Longevidade, o aumento da expectativa de vida e a queda nas taxas de natalidade, estão mudando a nossa pirâmide etária e consequentemente isto já tem repercussões no curso de vida e na carreira.

Se as pessoas irão viver mais, precisarão trabalhar mais e essa conta não fecha, pois as políticas organizacionais não permitem que a longevidade de carreira seja praticada. Ainda é inconcebível pensar em trabalhadores com mais de 60 ou 70 anos na ativa, sem o estereótipo de velho.

Olha só, a matemática demográfica é inegável, à medida que o número de trabalhadores de 20 a 54 anos diminui as empresas precisarão aproveitar (manter ou empregar) a força de trabalho que está amadurecendo/envelhecendo. Isto resulta em desafios e oportunidades ainda inexplorados pelas organizações.

Pode parecer um paradoxo trabalhar mais ser uma oportunidade, mas sim. E isso é incrível! As empresas têm como usufruir de uma mão de obra altamente experiente. Você que está trabalhando, precisa já pensar que seguir isso por mais tempo não pode ser um fardo, então já comece a pensar em algo gratificante, desafiador e que lhe remunere satisfatoriamente!

Alguns países desenvolvidos, como o Reino Unido, já estão atentos a essa nova realidade e incentiva os empregadores a reter, reciclar e recrutar trabalhadores idosos, e as políticas públicas apoiam a aprendizagem e a formação ao longo da vida.  Nos EUA mais de 80% dos empregadores acreditam que trabalhadores 50+ são valiosos, oferecendo mais conhecimento e sabedoria. No Brasil, estamos muito atrasados em relação as essas questões, a longevidade requer um novo pensamento e precisamos ampliar esse olhar para além do indivíduo, abrangendo a coletividade e as organizações.

E pensando que se estamos falando de carreira estamos falando de trabalho, percebemos que existe algo errado com o mundo do trabalho, pois cada vez mais as pessoas estão querendo “se livrar” desse modelo de trabalho que não desenvolve, que restringe as capacidades, que impede o crescimento. Aí, vemos o quando os conceitos de emprego e trabalho são confundidos, impedindo inconscientemente que as pessoas queiram permanecer trabalhando enquanto derem conta.

Acredita-se que as organizações podem encontrar grande valor na capacidade dos trabalhadores 60+ para exercerem as funções de mentores, coaches ou especialistas. Assumir esses tipos de funções permitirá que os trabalhadores idosos compartilhem experiência com as gerações mais jovens, ao mesmo tempo em que abrirá espaço para trabalhadores mais jovens e ambiciosos.

Especialista apontam que empresas que planejam, projetam e experimentam estratégias de gestão da longevidade da força de trabalho, políticas e abordagens de gestão para carreiras mais longas poderão colher dividendos de longevidade. Empresas que investem no desenvolvimento de suas atividades, onde o trabalho possa ser desenvolvido por todos, sem restrições de idade, cor ou aptidão física, se anteciparão para o mundo que está por vir.

De forma geral, espera-se viver bem e com qualidade de vida, mas o que estamos fazendo para colher esses frutos? Como vamos gastar e aproveitar ao máximo nosso bônus de longevidade de 30 anos ou mais? Com o aumento da expectativa de vida como será a longevidade da sua carreira? Se você nunca parou para pensar nisto, já passou da hora. Passamos pelo menos 1/3 do dia nas atividades laborais e remuneradas. O trabalho é algo muito importante para o ser humano. É pelo trabalho que o ser humano constrói e é construído, pelo menos deveria ser assim. É importante que essa atividade tenha significado e seja carregada de propósito. Diante disto, é possível criar maneiras para que as pessoas tenham carreiras significativas, produtivas, de múltiplos estágios e multidimensionais e engajando trabalhadores de todas as gerações.

Aquela velha mentalidade de buscar por anos a tão almejada aposentadoria está ganhando uma nova versão. Afinal de contas, nós somos seres em movimento! De fato não precisamos seguir anos a fio em funções que nos desgastam fisicamente, as máquinas estão aqui pra isso. É possível desenvolver novos projetos pessoais e profissionais independente da idade!
Trabalho é a capacidade de agir no mundo. Não é apenas produzir e sim a transformação de si mesmo. É uma belíssima ação interna que envolve o indivíduo como um todo. É a promoção de saúde. A vida é movimento, é cuidado, é investimento e engajamento e com sua carreira não é diferente!

Segue algumas dicas:• Tenha mente aberta.• Encante-se com o novo.• Seja persistente.• Esteja atento as necessidades do mercado.• Foque no autoconhecimento.
E você, está trabalhando ou apenas empregado?

Artigo escrito a 6 mãos:

Por Renata Seabra, Lilian Assunção e Anderson Portes.

Quem é você na fila do pão?

Essa expressão é usada para questionar a importância de certa pessoa em alguma situação, mas tirando a preocupação com o outro, pergunte a sim mesmo: quem sou eu na fila do pão?

Imagine-se em uma fila longa, por muitas horas, como você se comportaria? Abaixo segue alguns estereótipos fácil de ver nas filas da vida, verifique com qual você se identifica:

  • Carismático:  aquele que gosta de interagir, de conhecer pessoas novas, de fazer amigos e aumentar a interação.
  • Colaborativo: aquele que gosta de ajudar, de auxiliar, orientar, de facilitar a vida da pessoa. De repente, se vê oferecendo um álcool gel, um lenço, um espaço na sombra.
  • Observador: aquele que olha para o lado e para o outro, não interage, fica atento aos acontecimentos ao seu redor.
  •   Indeciso: Fica se questionando se deve ou não deve ficar na fila, resmunga, olha para o relógio o tempo todo. Não sabe se vai ou fica.
  • Curioso: Entra na fila para saber o que está acontecendo, sem saber para onde vai.  Pensamento recorrente:  Se tem fila deve ser algo bom!
  • Reclamão: Não sei o que estou fazendo aqui, tanta coisa para resolver e eu perdendo tempo. Aff, essa fila não anda!
  • Visionário: Percebe as demandas das pessoas que estão na fila. Vê a oportunidade de vender algo como: sombrinha, água, capa de chuva ou de vender seus serviços.

Você consegue se identificar com algum desses? Pare por alguns instantes e reflita como sua presença pode fazer diferença no mundo em que vive. O que você pode fazer diferente que fará toda a diferença?

E por último, seja autorresponsável pelas suas escolhas. Se não está satisfeito com seu trabalho, seu relacionamento, com sua vida, mude a rota! Pare de colocar a culpa em outras pessoas, no destino ou em qualquer outro lugar. A vida é feita de escolhas e você pode conquistar o que deseja.

Dicas:

  1. Encare as tretas da vida.
  2. Seja criativo. Pegue o limão e faça mais do que uma limonada.
  3. Comece com o que tem nas mãos, mesmo que seja pouco ou quase nada.

Por Renata Seabra- Consultora especializada da Movas

“A superficialidade do olhar não dá conta da complexidade do trabalho”

Quero começar essa reflexão citando uma frase que gosto muito: “A superficialidade do olhar não dá conta da complexidade do trabalho”.

O que essa frase quer dizer, na nossa opinião é que quem se dedica a estudar o trabalhar humano precisa ter muito repertório para dar conta da complexidade e da imensa quantidade de imprevisibilidades que o real insiste em se impor ao prescrito.

Fazer ERGONOMIA não é apenas analisar posto de trabalho, não é apenas analisar ferramenta, não é dizer o que o outro deve ou não fazer, não é dizer a postura “correta” para se manusear uma carga, não é sair procurando risco como se ali, no protagonismo da ação, não existissem pessoas que pensam e sentem. Lembrando que trabalhar não é apenas produzir, é também produzir a si mesmo.

Continuando o raciocínio, para fazer Ergonomia não basta ter um olhar superficial, restrito a modelos milagrosos e pré-formatados, com pouca bagagem vivencial, baseada na visão do especialista, pois sinto te dizer que isso vai levar do nada ao lugar algum e gerar um bocado de frustrações.

Estudar o trabalhar das pessoas não é apenas analisar o fruto desse trabalho (aquilo que é visível, palpável), não é apenas analisar os gestos e a posturas adotadas pelos trabalhadores, não é apenas dizermos o jeito melhor para as pessoas fazerem isso ou aquilo e muito menos a postura que elas devem adotar.

Discutir o trabalho precisa de um repertório!!!!! Discutir o trabalho precisa de respaldo técnico, precisa ser um ponto de vista que some, que mostre uma nova visão de mundo.

É preciso saber tornar o invisível visível. É preciso tirar a invisibilidade das pessoas. É preciso ter coragem para escutar. É preciso ter coragem de coconstruir. É preciso ter coragem de não ter resposta para tudo.

Esse é o Jeito Movas de ser: Muita história para contar.

Por Lilian Assunção – CEO da Movas

#ErgonomiaDaAtividade   #PsicodinâmicaDoTrabalho   #Longevidade

Que mundo corporativo você gostaria de viver? Um mundo corporativo onde os números estão acima do fazer? Esperamos que não.

O mundo do trabalho está adoecido, precisando de cuidados, precisando ser reformulado com novas regras, com outra chave de leitura. Que tal começarmos essa transformação? Que tal começarmos a rever alguns conceitos que já estão fora de moda. Está em nossas mãos criarmos o mundo que queremos viver.

Se você pudesse criar um mundo corporativo ideal para você viver como ele seria? Como as pessoas seriam? Como as pessoas agiriam?

Somos seres imaginativos por natureza, mas quando nos tornamos adultos, vamos perdendo esse costume de sonhar, de imaginar, de planejar a longo prazo. Então, vamos usar o nosso poder de imaginar?

Quero te contar que é possível sim que essa sua imaginação se transforme em realidade, basta que você queira e que todos que estão a sua volta se engajem com seu sonho de transformação. Hummmm…. engajamento é o grande desafio do milênio né? Como engajar pessoas na sua causa, no seu sonho? Como educar adultos? Como criar um futuro onde caibam todos? Como despertar o cuidado nas organizações? E tudo isso de uma forma leve, divertida e que fale a língua de todos!!!!!

Que tal usarmos o nosso dom de ensinar? De transferir conhecimento? De conectar mente e coração?

“Ensinar não é para qualquer um”. Deu até um arrepio aí? Quem já ouviu essa frase antes?

Opa, opa, opa, tá aí uma grande crença que precisamos quebrar urgentemente.

Ensinar é para qualquer um sim, mas é PRECISO SABER ENSINAR, é PRECISO SABER CONECTAR MENTE E O CORAÇÃO DAS PESSOAS, é preciso aprender a falar a língua do público e para isso existem técnicas, existem métodos, existe muita sabedoria a ser compartilhada.

A forma de ensinar precisa se atualizar assim como tudo nesse mundão que estamos vivendo, onde a inovação nas organizações é algo tão desejado, onde o engajamento dos empregados virou um pote de ouro no final do arco íris.

Acreditamos verdadeiramente no poder transformador da educação dentro das organizações e somente assim poderemos finalmente vivermos em um mundo que queremos.

#ErgonomiaDaAtividade   #PsicodinâmicaDoTrabalho   #Longevidade

Por Lilian Assunção- CEO da Movas

De qual Ergonomia estamos falando?

É uma grande perda de oportunidade de desenvolvimento pensar na Ergonomia apenas para cumprir legislação.

A grande pergunta a se fazer é “de qual Ergonomia estamos falando?”. Porque infelizmente existem “duas ergonomias” sendo praticadas no Brasil.

Estamos falando da Ergonomia praticada por muitos onde o trabalho leva do nada ao lugar algum? Onde o que é estudado está apenas no campo do risco? Onde a grande preocupação é medir os indicadores reativos, de adoecimento? Onde não se conhece em detalhes nada do que acontece no campo do individual e muito menos do coletivo? Onde a grande preocupação é pontuar nas perguntas superficiais de auditorias? Onde o estudado está restrito ao posto de trabalho, não fazendo ligação com o todo?

Ou estamos falando da Ergonomia que estuda em profundidade o funcionamento da organização? Onde o objetivo é integrar, “ligar os pontinhos”, compreender o porque as coisas são como são? Onde estudar as atividades para saber o que favorece e o que impede o desenvolvimento daquele ecossistema é o foco? Onde o objetivo é estudar o funcionamento do coletivo e fazer com que a organização aprenda com o saber dos empregados? Onde a Ergonomia contribui para o autoconhecimento da organização, desvelando as profundezas do trabalho, que fica no campo do invisível e que contribui negativamente para a produção, desempenho, engajamento e saúde dos trabalhadores? Onde o que mais importa é conhecer os indutores dos problemas e não apenas as consequências deles?

É dessa Ergonomia que estamos falando, é essa Ergonomia que faz parte do Jeito Movas de Ser.

#ErgonomiaDaAtividade   #PsicodinâmicaDoTrabalho    #Longevidade

Por Lilian Assunção- CEO da Movas